segunda-feira, 7 de julho de 2025

Salários reais caem pelo 5º mês seguido no Japão, com média de ¥300.141

Os aumentos salariais não têm acompanhado o ritmo da alta dos preços

salário no Japão
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão divulgou nesta segunda-feira (7) os dados preliminares da pesquisa mensal sobre salários referente a maio (abrangendo empresas com cinco ou mais funcionários).

Segundo o relatório, os salários reais — que descontam os efeitos da inflação — caíram 2,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Foi o quinto mês consecutivo de queda, já que os aumentos salariais não têm acompanhado o ritmo da alta dos preços. A queda registrada em maio foi a mais acentuada desde setembro de 2023, informou o jornal Nihon Keizai.

O salário nominal médio por trabalhador, que inclui o pagamento total em dinheiro, teve um aumento de 1%, atingindo 300.141 ienes. No entanto, a taxa de crescimento desacelerou 1 ponto percentual em comparação a abril. Um dos motivos foi a queda de 18,7% nos pagamentos extraordinários, como bônus, o que acabou limitando o aumento geral da remuneração.

O salário-base, que corresponde ao pagamento regular (excluindo bônus e horas extras), subiu 2,1%, refletindo os aumentos salariais obtidos nas negociações trabalhistas da primavera.

Segundo levantamento da central sindical Rengo, o reajuste salarial médio em 2025 ficou em 5,25%, superando a marca de 5% pelo segundo ano consecutivo.

Por outro lado, o índice de preços ao consumidor (excluindo o aluguel imputado para imóveis próprios), usado no cálculo do salário real, subiu 4,0% em maio, superando o crescimento do salário nominal e puxando os salários reais para baixo.

Entre os itens que mais subiram no mês, destaca-se o arroz, com um aumento de 101,7% em relação ao ano anterior, o maior já registrado. Outros alimentos também tiveram forte alta, como sushi consumido fora de casa (6,3%) e onigiri (19,2%), evidenciando a persistência da inflação no setor alimentício.

O total de horas efetivamente trabalhadas caiu 2,0%, ficando em 134,2 horas no mês. Separando por tipo de contrato, os empregados em tempo integral trabalharam, em média, 158,3 horas (queda de 1,9%), enquanto os trabalhadores de meio período registraram 80,6 horas (queda de 0,5%).
Fonte: Alternativa

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