Menos desastres naturais, conveniência e trabalho remoto estão entre os motivos
Inúmeras empresas do Japão estão transferindo seus escritórios para a província de Gunma, noticiou o site do jornal 'The Mainichi'. Entre os motivos alegados estão o fato de ser uma região menos propensa a sofrer com desastres naturais, o sistema de transporte conveniente e o aumento do trabalho remoto em razão da pandemia do coronavírus.A Nippon Telegraph and Telephone Corp. (NTT), empresa de telecomunicações com sede em Tóquio, estabeleceu no último dia 28 de outubro conexões com as cidades de Takasaki, em Gunma, e Quioto. A NTT começou a dispersar cerca de 200 funcionários, incluindo alguns dos departamentos de planejamento corporativo, para ambas localidades já no dia 3 de outubro. A escassez de terremotos nas duas cidades e a existência de estações de shinkansen foram determinantes.
Em princípio, os funcionários trabalharão em suas casas ou outros lugares. E caso Tóquio seja atingida por um terremoto, eles trabalharão de Quioto e Takasaki para que as operações sejam retomadas. O gerente geral do departamento de planejamento da NTT enfatizou. "Contribuiremos para uma sociedade descentralizada ao desenvolver uma infraestrutura de informação com resiliência a desastres, além de nos reorganizarmos longe dos centros”.
A fabricante de pneus com sede em Tóquio, Nihon Michelin Tire Co., também transferirá parte das funções de sua sede principal para a cidade de Ota, em agosto de 2023. O escritório de Tóquio, com isso, diminuirá de funções, uma vez que Gunma, onde se encontram muitas indústrias automotivas, passará a gerir vários negócios.
Em julho, a gigante de consultoria Deloitte Tohmatsu Group, também com sede em Tóquio, abriu uma base em frente à estação JR Maebashi para trabalhar no conceito do governo japonês de "uma Cidade Jardim Digital" entre outros projetos. Em maio, a empresa de TI Shift Plus Inc. também abriu seu primeiro escritório fora da província de Kochi, em Takasaki, citando a política digital de Gunma.
Acredita-se que a pressa das empresas em transferir funções para a província de Gunma esteja ligada a um aumento cada vez maior das preocupações com os desastres naturais, como terremotos e tufões, além da conscientização dos riscos de disseminação do coronavírus.
Gunma, por sua vez, está promovendo ações para atrair empresas como incentivos fiscais e empréstimos para companhias que contribuam para a economia local.
Fonte: Alternativa