Mas a medida do governo não tem caráter obrigatório por enquanto
Entrou em vigou neste mês uma determinação do governo japonês que permite aos bancos solicitar o My Number durante a abertura de uma conta e para outras transações bancárias, informou a agência de notícias Jiji Press.
Mas a medida, que também vale para contas abertas em agências de Correio, não tem caráter obrigatório por enquanto. Mesmo que os bancos solicitem a apresentação dos 12 dígitos do My Number, o correntista ou cliente só mostra se quiser.
Segundo o governo, quando um banco falir, por exemplo, o correntista poderá ser beneficiado mais facilmente com o seguro que cobre perdas financeiras se os dados do My Number estiverem registrados na conta.
Os bancos podem solicitar o My Number para abertura de contas ou quando o correntista comparecer a uma agência para atualização de dados, como endereço e telefone, além de outras transações.
Porém, muitas pessoas devem resistir em apresentar os dados ao banco por receio de que o governo tenha acesso aos saldos nas contas, apesar das autoridades esclarecerem que só vão verificar os valores no caso de uma investigação.
O governo está estudando tornar obrigatória a apresentação dos números aos bancos dentro de três anos.
O sistema My Number, que reúne dados fiscais e outras informações pessoais em um único lugar, começou a vigorar em 1º de janeiro de 2016. Todas as pessoas, incluindo estrangeiros residentes no Japão, têm um número de identificação individual composto por 12 dígitos.
Diferença entre carta de notificação e cartão do sistema My Number
A carta de notificação foi enviada para todos os domicílios com os 12 dígitos do My Number. Todo cidadão tem o seu próprio número, que deve ser guardado com cuidado e usado somente quando for preciso.
Além da carta de notificação, o cidadão pode solicitar nas prefeituras o cartão My Number, que é um documento com foto do portador e que tem um chip com vários dados.
A solicitação do cartão não é obrigatória, mas o documento pode ser exigido para alguns procedimentos burocráticos.
Fonte: Alternativa