"No futuro, as perspectivas são ruins", disse Marcel Thieliant, economista sênior da Capital Economics
A produção industrial do Japão se recuperou em setembro e registrou o crescimento mais rápido em quatro meses, oferecendo algum alívio aos fabricantes em meio à desaceleração da demanda global e à crescente pressão sobre as exportações do país diante da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
O aumento dos riscos negativos para a economia do Japão, incluindo os efeitos da alta do imposto sobre consumo, manterá o banco central sob pressão para facilitar novamente a sustentação do crescimento e cumprir sua meta de inflação de 2%.
A produção das fábricas aumentou 1,4% em setembro em relação ao mês anterior, mostraram dados do Ministério do Comércio nesta quinta-feira (31), superando as previsões medianas do mercado para um crescimento de 0,4% e superando um declínio de 1,2% no mês anterior.
No trimestre de julho a setembro, a produção das fábricas caiu 0,6%, depois de um ganho de 0,6% nos três meses anteriores.
Os fabricantes consultados pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria esperam que a produção suba 0,6% em outubro e recue 1,2% em novembro, mostraram os dados.
"No futuro, as perspectivas são ruins", disse Marcel Thieliant, economista sênior da Capital Economics no Japão.
"Com os gastos do consumidor caindo após o aumento do imposto, a demanda doméstica não será suficiente. A previsão é de que a economia fique estagnada até o primeiro semestre do próximo ano.”
Na quarta-feira (30), os dados mostraram um grande salto nas vendas no varejo em setembro, antes do aumento do imposto de 8% para 10%, com os consumidores comprando itens caros, como carros e bens de consumo.
O Japão aumentou o imposto sobre consumo (shouhizei) no início de outubro, em uma medida considerada essencial para a economia, mas que pode levar o país à recessão, dizem alguns analistas.
Fonte: Alternativa com Reuters