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sábado, 22 de janeiro de 2011

Curso de desenho industrial atrai brasileiros em Nagoya

O curso com seis meses de duração é gratuito e realizado com apoio do governo japonês através da Hello Work
Nada de férias ou feriado prolongado. Uma turma de 27 brasileiros começou o ano mergulhada nas apostilas e livros de olho no futuro, seja ele, no Japão, no Brasil ou em outros territórios onde o mundo da informática lhe abrirem as portas. O grupo faz parte da primeira turma do curso técnico de desenho industrial promovido pelo Hello Work em parceria com a Avance Corporation e a empresa de Tecnologia de Informação eBrazil em Nagoya, Aichi.
Conforme o instrutor Wilson Uemura, existe grande demanda no mercado japonês de profissionais especializados na área e o objetivo da parceria é fazer com que os brasileiros preencham esse espaço nas empresas japonesas situadas no país ou nas filiais que estão sendo instaladas na Ásia. A grade curricular abrange em seis meses além da língua japonesa, os softwares Auto CAD e Solid Works, os mais utilizados pelas empresas de engenharia e indústrias no mundo.
Mas, para dominá-los os participantes aprendem conceitos básicos de mecânica, aulas de matemática, física e ciência de materiais. “Aí sim, estarão aptos para usar essas plataformas para desenvolverem projetos arquitetônicos e fazerem testes de resistências de materiais”, comenta Uemura, que também trabalha como diretor de TI certificado por várias empresas softwares como representante no Japão. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira nos períodos matutino e vespertino.
A aluna Márcia Souza, 30, sai de Kakamigaha, Gifu, todas as manhãs num trajeto com a duração de 1 hora e 40 minutos para frequentar as aulas. Em casa a atenção é dividida entre as duas filhas, o esposo e as apostilas. Aos sábados e domingos ela ainda encontra tempo para fazer arubaito e complementar a renda da família. “Ainda bem que eles estão me apoiando. Se não fosse por eles, principalmente o meu marido não estaria aqui estudando”, conta.
Relembrando a trigonometria para trabalhar com arquitetura no futuro ela afirma sem dúvidas que o investimento em conhecimento é a melhor opção. “Estou voltando a lembrar das funções seno, cosseno e tangente. O ritmo é puxado, mas esse período aqui vai abrir campos de trabalho para nós”, afirma. Jair de Souza, 36, de Okazaki, Aichi, é outro participante que para aproveitar a oportunidade conta com o apoio da família.
“Em casa minha esposa está trabalhando e me incentiva porque queremos ficar no Japão e pretendemos mudar de vida tendo um serviço melhor. Ela também enxerga isso como um investimento para nossa família”, diz agradecido Souza que também recebe subsídio do Hello Work até a conclusão do curso.
Este foi um dos mais concorridos desde o lançamento dos treinamentos emergenciais de apoio aos trabalhadores nikkeis subsidiados pelo governo japonês que começaram em 2009. Conforme o instrutor Wilson Uemura, foram mais de 150 inscritos para 30 vagas. No processo seletivo os candidatos passaram por avaliação de conhecimentos de informática e noções de matemática e entrevista. A Avance lançará ainda neste ano cursos em Hamamatsu (Shizuoka) e Tsurumi (Kanagawa).
Fonte: IPC Digital