Agências fecham e param de recrutar
Gilberto Yoshinaga e Adriana Ferraz
do Agora
O alto índice de desemprego entre os brasileiros no Japão tem refletido diretamente nas agências brasileiras que recrutam decasséguis.
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Só no bairro da Liberdade (região central de SP), 80% das agências fecharam desde que as fábricas japonesas começaram a demitir em massa --por volta de setembro do ano passado. "A região tinha cerca de 180 agências recrutadoras e, atualmente, só 36 ainda funcionam. E esse número deve cair ainda mais", afirma Cori Passos, proprietário da agência Shigoto.
Ele conta que, até agosto do ano passado, sua agência enviava entre 30 e 40 pessoas por mês para trabalhar no Japão. Em setembro, esse número começou a despencar: foram 21 contratações em setembro, nove em outubro, seis em novembro, duas em dezembro e nenhuma desde o início deste ano.
Por outro lado, a agência passou a ser contatada por brasileiros que ainda estão no Japão e não têm dinheiro para voltar.